sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Ayixii e as flores.


ON

O mundo “ON” de Ayixii não era só preto e branco,
 Existiam muitas praças tinha até coreto e banco.
Parecia um arco Iris como cores de aquarela,
Flores tinham aos montes cada uma se achando mais bela.
Ayixii a observar ouvia a prosa no canteiro,
Cada flor a se sentir o centro do mundo inteiro.

Dizia a linda Rosa para a dona Margarida.
“Você viu a flor-cadaver? Que odor desagradável.”
Em toda a praça em meio a conversinhas
O papo sempre rolava a respeito das vizinhas.
“Se for falso ou verdadeiro isto pouco importa,
A “noticia” divulgada apareceu em minha porta”.
Ela é isto e aquilo foi o que eu ouvi,
E eu espalho a história aqui e também ali.

O Cravo brigou com a Rosa e quase a despedaçou,
Até virou cantiga, foi Margarida quem me contou.
Não sei se é verdade a tal briga do casal.
E fica a ver navios a ética e a moral.
O que importa é saber o que no outro é tormento,
O que gerou tal problema eu nem sei e nem lamento.

O Lírio todo faceiro embelezava o jardim,
Ao lado de flores simples que nascem em meio ao capim.
Achava-se o maioral e se sentia perene,
“Eu sou o bom, eu sou o tal, aquele que nada teme”.
Sentam-se namoradinhos em um banco bem ao seu lado,
E para agradar a donzela arranca-lhe sem nenhum cuidado,
Lá se foi à beleza a empáfia da bela flor,
Sendo jogada ao chão perdendo cor e olor.

Ayixii pergunta a um transeunte com curiosidade,
“Como se chama esta parte da cidade?”
Espantada fica Ayixii com o que escutou,
“Chama-se Necrópole, pois aqui a vida findou”.
Bastante atordoada por ter dado tanta atenção,
Nas conversas tolas e nas coisas sem noção,
Despede-se das aparências deste mundo fantasioso,
“Somar e não diminuir isto sim é glorioso”.

OFF