quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Um rekado mei meigu!



Muitos cristãos deixam de comemorar o Natal por ser de origem pagã e realmente é, muitos tem uma posição tão engessada que deixam seus filhos sem presentes, árvore de natal NEM EM SONHO e alguns até se consideram “os mais espirituais”, pois bem. Comemoram aniversários? Fazem bolo e sopram velinhas?  Hummmm, origem também pagã. Trocentas outras coisas que se comemora também tem origem pagã, e daí?  Não comemora as festas de final de ano por ser de origem pagã, mas na quase totalidade dos feriados, que também são de origem pagã não pede ao “patrão” para trabalhar????  Hummmm
Direito de cada um fazer ou não fazer o que bem entender, o Brukutu koloka árvore de natal, sopra velinhas nos aniversários, dá presentes e recebe, não trabalha nos feriados e está inserido em mais um monte de coisas de “origem pagã”, isto o faz menos cristão? Pode fazer na concepção de algum ignorante (ignorância=falta de conhecimento, não uma ofensa).
Em grande medida na vida uma coisa que ajuda muito, conforme um “XEGADU” meu diz, é o uso do BOM SENSO, só isto já eliminaria muita bobagem.
Cada um é cada um com seus direitos e suas escolhas, aqui é ensinado aos “brukutuzinhos e brukutuzinha” a verdade, por exemplo, que o bom velhinho que os presenteia por ocasião do natal, nem é tão bom, nem é tão velhinho, é só o pai deles que com o fruto de seu trabalho os presenteia, nesta e em outras ocasiões, também é explicado o REAL sentido do natal, sem neuras, sem crises e permitindo que criança seja criança.



quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O Retorno de Ayixii (parte 2)



ON

           Volta Ayiixi ao lugar de seus sonhos. Vai passeando entre ruas e vielas, para em uma esquina com placas indicativas e vê uma seta apontando com o seguinte dizer: “Conheça Rosto. Uma região de povo hospitaleiro aberta para o mundo inteiro”. Ayiixi intrigada, com curiosidade aguçada encaminha-se para o local de gente tão legal.
“Olha que perfeito até sinto aperto no peito! Tudo é tão certinho, só tem rosto bonitinho; deve ser por isso que este local se chama Rosto!”
Recebida com festa por povo tão hospitaleiro, sentiu-se em casa, isso sim é amor verdadeiro. E foi Ayixii à praça onde muitos se encontravam para trocar ideias. Papos animados e vários grupinhos formados, Ayixxi entre eles transitou e bastante observou. Coisas interessantes e até mesmo intrigantes.
Muito riso frouxo, raiva de deixar roxo, povo que sabe tudo, não existe quem é mudo e, quando olhou para o céu, Ayiixi se espantou: como pássaros, pensamentos voavam ao léu.
“Que lugar diferente, é terra encantada?” pergunta Ayiixi a um morador.
“Não, é Rosto também conhecida como a terra do Sei, terra do faz de conta”.
“Como assim terra do Sei?”
“Simples, ingênua donzela. Se não sabe, diga ‘eu sei’. Olhe os pensamentos que voam lá no firmamento, basta pegar o seu. Se não forem completos como foram emitidos, que culpa temos? Eles já estão prontinhos, mesmo em pedacinhos servem quase como lei aqui na terra do Sei”.
“Mas isto não é perigoso? Usar pensamentos partidos?”
“Não seja menina chata, o que tem isto demais? Aqui em Rosto, terra do Sei, não existem súditos todo mundo é rei. Se por acaso alguém falar que não disse tal coisa que gerou confusão, é só deixar de lado, não foi sua opinião, mas se for ovacionado e até gerar emoção, valeu pegar pensamentos pois é esta a intenção”.
Ayiixi até que gostou!…

OFF


sábado, 3 de novembro de 2012

Ayixii no país dos devaneios!


           Num tempo sempre presente e numa terra muito confusa foi Ayiixi parar como por encanto. A distância da casa de Ayiixi para o dito país não era fixa, pois a mesma não era medida pos padrões físicos vigentes, às vezes podia ser medida na distância da cabeça ao coração, da razão para emoção. Num outro tipo de medida, poderia também se considerar como se fosse a distância de um cômodo para outro de sua casa e que ao mudar sua postura, de ereta para sentada, com um simples toque chamado ON se teletransportava para o referido país.
A terra que a encantava não era uma terra pronta sempre se transformava, Ayiixi se maravilhava: "Lembra minha infância, os meus sonhos de princesa, isto sim é uma beleza",  pensava Ayiixi sem mesmo se dar conta que tal pensamento não era simples lembrança e sim fantasias que até cabem na fase pueril. Ao passear por esta Terra encontrava bravos guerreiros, belos rapazes faceiros, príncipes sem igual e os maiores intelectuais.
"Bom é viver aqui, construir meu palacete, lugar de gente centrada que mesmo que venha embalada, deve ser o que vende, basta ver o embrulho tão reluzente neste papel de presente".


Ayiixi se encaixou perfeitamente na terra de seus sonhos e tão encaixada ficou, que selada a caixa com lindo papel se embrulhou.

"Como é bom viver de sonhos, os dragões sendo vencidos, Dom Quixote que o diga.
Terra do faz de conta que é fácil de acessar, dependendo do que mostre sempre vou agradar. Todos bem maquiados e bem arrumadinhos transitam de norte a sul cada um e todos são meus vizinhos.
O problema do pacote, aquele que me embrulhei, é que é meio sufocante e nem sei se agradei, mas tenho a solução: é só enfeitá-lo mais; uma fita de cetim com um laço pega rapaz. Vendo os outros embrulhos, cada dia mais ornamentados, nem desejo abrí-los mesmo com muito cuidado, e se o que tem por dentro não for assim tão belo? Quem mandou me enganar com um sorriso amarelo?"

O devaneio era tal neste país irreal, que o muito interessante em seus habitantes nem era a própria caixinha, mas a caixa alheia, como naquela antiga brincadeira de descobrir o presente sem mesmo abrir, surgia muita gargalhada, as faces sempre a sorrir. 
A loucura era tal que, sem abrir o pacote, cada um definia seu conteúdo à própria sorte. Ai do conteúdo não ser o que definiu: era quase caso de morte. "Não quero mais brincar quem mandou se desembrulhar? Pode o pacote ser seu, mas o ego é meu e se você é assim e não como eu planejei, é um estraga prazer, desfazedor de sonho meu. Dá o dedinho aqui, quero ficar de mal até que se embrulhe para tudo voltar ao normal, se assim não for, na próxima vinda aqui te coloco de lado, até que fique enfadado e dou a atenção “merecida” para outro embrulhado."

Cansada de passear por seus sonhos e anseios, a deslumbrada Ayixii volta a por os pés no chão:

"Ixii", diz Ayixii.

E fala em terceira pessoa:

"Todos se enquadrando dentro dos meus ideais, aí sim Ayixii não sofre e por enquanto... Off"